30 de dezembro de 2010

Velhos Pensamentos

Os clarões me trazem a felicidade instantânea.
O amor rancoroso invadiu meus ouvidos,
e sua complexidade me encantou.

A dor que aqui jazia,
libertou-se como música ao mar.
Mesmo mar que encanta meus olhos ao fechá-los.

Sentir sua falta tornou-se opção, e não obrigação.
O seu andar que deslumbrava, hoje é seco.
Ao seu lado nada mais é singular.

E nesse meio tempo eu aprendi que o som da vida é fiel.

A necessitade por alguém se foi.
Não procure nos meus pensamentos, pois neles você já não está.
E mais que tudo, aprendi que o silêncio é especial.

7 de dezembro de 2010

Boa Tarde

Sentou-se em um banco qualquer e,
enquanto esperava as horas passarem,
ouvia canções perfeitas para o momento.

Sentou-se em um banco qualquer e,
enquanto olhava para as nuvens,
sorria sozinho, sabendo que ninguem o veria feliz.

Sentou-se em um banco qualquer e,
enquanto tomava, em goles largos, sua bebida favorita,
lembrava de como queria um momento assim, só pra ele.

Sentou-se em um banco qualquer e
enquanto assistia a noite chegar,
ia embora, mas sabia que tudo aquilo valeu a pena.

3 de dezembro de 2010

A Vida De Um Homem Bom

Andei sem rumo em ruas inundadas de pessoas.
Olhei para umas e sorri.
Olhei para outras e chorei.

Estive em constante mudança de ideias.
Numa hora o amar, noutra a solidão.
Numa hora o odiar, noutra a redenção.

Corri atrás do que corria mais que eu.
Perdi a noção do que é perecer.
Perdi a noção do que é viver.

Fui de encontro ao chão por não saber o que fazer.
Não tive forças para levantar.
Não tive forças para acreditar.

Tive que rastejar até voar.
Voei até sonhar.
Sonhei até morrer.