Sentou no canto da sala.
Lá ela ficou por horas, pensando no pior.
Pensando no que errou.
Foi rápida demais? Sincera demais?
Covarde demais? Humana demais?
O vento não lhe trouxe as respostas.
Com medo do que sentia,
se encurralou mais uma vez.
A razão de o fazer, ela desconhece.
Foi tão natural.
Seguiu seu instinto.
Toda a angustia, todo medo, todo pavor.
Toda a vida.
Provou seu veneno e o abandonou.
Pobre menina.
Seria completa se tivesse nascido escorpião?
Nos vemos, muitas vezes, apenas com os olhos dos outros.
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